Os pensadores neoclássicos mudam o paradigma da economia, deslocando o eixo teórico de uma abordagem abstrata para uma análise mais concreta, com apoio dos métodos das ciências exatas, especialmente a matemática.
Léon Walras é considerado inaugurador ao abandonar a teoria do valor-trabalho, que afirmava que o valor das mercadorias era formado exclusivamente pelo tempo de trabalho necessário para elaborá-las, e abraçar a teoria do valor-utilidade, segundo a qual uma mercadoria pode ter um preço maior que outra mesmo exigindo menos trabalho em sua elaboração, devido à sua utilidade para o consumidor final.
Essa situação ocorria muito na relação entre colônias e metrópoles. Estas produziam bens industrializados, enquanto as colônias produziam bens mais brutos. Os produtos industrializados, por exigirem expertise, tecnologia e pesquisa, valiam mais, mesmo que efetivamente o tempo para produzir bens industrializados seja menor.
Walras entendia também que o mercado ideal deveria ter cinco características básicas:
Outro economista importante foi Joseph Schumpeter, que viveu durante o século XX e se dedicou ao estudo do empreendedorismo e à importância da pulverização da oferta e da demanda. Para ele, é a inovação que mantém vivo o sistema capitalista.
Milton Friedman também se mostra importante, influenciador do governo de Ronald Reagan e contrário às ideias de Keynes sobre a intervenção estatal na economia. A economia seria uma ciência total em si mesma e, portanto, políticas econômicas não poderiam ser utilizadas como fonte de transformação social. Junto com Friedrich Hayek, é considerado fundamental para o chamado neoliberalismo.