A estrutura canônica das frases é a ordem pela qual aparecem os constituintes básicos: sujeito, verbo e objeto. No português, a ordem básica é SVO (sujeito, verbo e objeto, e, depois, advérbio).
Antes de mais nada: importante dizer que, em situações nas quais as frases figurem em sua ordem padrão (sujeito, verbo, objeto, advérbio), não se fará necessária a vírgula.
Estudantes sofrem críticas ao ocuparem as escolas.
Essa vírgula está ERRADA! Em hipótese alguma o Sujeito e o Verbo serão separados por vírgula quando postos em sua ordem padrão!
sofrem.sofrem. Tem por função adjetificar o verbo.Compras aumentam, durante o período do Natal.
Essa vírgula está ERRADA! A frase só será separada por vírgula caso esteja INVERTIDA: Durante o período do Natal, compras aumentam.
A vida fica mais leve quando resolvemos florir.
Essa frase está CORRETA! Não há motivos para separar a frase por vírgulas.
Os jogadores de futebol americano dos times brasileiros e argentinos detentores dos maiores salários possuem renda inferior à dos jogadores de futebol de campo empresas privadas.
Essa vírgula está ERRADA! Em hipótese alguma o Sujeito e o Verbo serão separados por vírgula!
Geralmente, as vírgulas entre orações são utilizadas para:
Separar elementos DESLOCADOS ou INTERCALADOS.
Essas crianças, com certeza, gostam de tecnologia.
Separar termos de mesma função sintática em uma enumeração.
Função sintática é o papel que determinada palavra desempenha dentro de uma oração.
O professor Leopoldo é alto, loiro e narigudo.
As palavras alto, loiro e narigudo estão adjetificando Leopoldo de maneira enumerada. Sendo assim, devemos utilizar a vírgula.
Isolar aposto e vocativo.
O aposto explica, esclarece e acrescenta algo ao sujeito, enquanto o vocativo serve para invocar o receptor da mensagem.
Lucas, que estuda muito, foi embora. (Aposto)
Lucas, volte aqui, por favor. (Vocativo)
Marcar elipse de um verbo já ocorrido.
Arlindo ficou triste, eu, feliz.
A frase sem a elipse seria: Arlindo ficou triste, eu fiquei feliz. Note que, na primeira frase, o verbo, que é o mesmo nas duas orações, foi substituído pela vírgula.
EUA, após a eleição, será transformado.
Nesse caso, o Adjunto adverbial foi DESLOCADO e, portanto, utilizamos a vírgula.
Triste, Joelma cancela o show.
Nesse caso, o Predicativo do sujeito foi DESLOCADO e, portanto, utilizamos a vírgula.
Ocupações trarão, nas universidades, conflitos ideológicos.
Nesse caso, o Adjunto adverbial foi DESLOCADO e, portanto, utilizamos a vírgula.
A minoria dos portadores de deficiência física, mesmo quando sabem lidar com os percalços da adversidade, tende a sofrer a retaliação e ser excluída do círculo social no qual está inserida.
Nesse caso, o Adjunto adverbial foi DESLOCADO e, portanto, utilizamos a vírgula.
O homem vendeu o carro, e a mulher protestou. (Sujeitos diferentes)
O homem vendeu o carro e protestou. (Mesmo sujeito)
Se a conjunção e vier repetida, ou seja, nos polissíndetos, usa-se vírgula, SEMPRE. Polissíndeto é uma figura de linguagem da língua portuguesa que consiste no uso repetitivo e excessivo de algumas conjunções entre as orações de modo sequencial.
A restritiva (fala de alguns) NUNCA tem vírgula.
O homem que fuma vive menos. (Não são todos que vivem menos, somente os que fumam)
A explicativa (fala de todos) SEMPRE tem vírgula.
A alegria, que é uma dádiva, faz um bem 'danado'.
Antes da principal sempre se utiliza vírgula.
Quando acreditamos nele, um sonho só é realizado.
No meio da principal sempre se utiliza vírgula.
Um sonho, quando acreditamos nele, só é realizado.
Depois da principal o uso da vírgula é facultativo.
Um sonho só é realizado, quando acreditamos nele.
Quando é adjunto adverbial de tempo.