Alguns psicólogos afirmam que o ser humano tem um sistema decisório composto por dois sistemas:
É rápido, automático, inconsciente e involuntário.
No dia a dia, é possível notar que o sistema I é o que está mais ativo no cérebro das pessoas. Isso porque ele está armazenado na memória e demanda menos gasto de energia do sistema cerebral, ou seja, não há tanto esforço mental.
Exemplos:
É lento, sequencial, lógico e mais reflexivo.
Já o sistema II está presente em situações mais complexas, exigindo maior atenção, concentração e cuidado. Esse sistema também tem a finalidade de corrigir impressões falsas.
Exemplos:
Além disso, é importante destacar que conflitos podem ser gerados entre o sistema I e o sistema II. Em algumas situações, as pessoas podem utilizar o sistema I para solucionar problemas que necessitam de maior concentração, o que pode acabar gerando erros intuitivos e contradições.
Kahneman, por meio de suas pesquisas, verificou que muitas pessoas utilizam atalhos mentais para fazer escolhas, os quais são conhecidos como heurísticas e vieses. Essa divisão, também conhecida como dual, ficou mais conhecida por meio da obra Rápido e Devagar: duas formas de pensar, de Daniel Kahneman.
São atalhos cognitivos que tomamos para não termos que considerar todas as informações relevantes.
São os desvios do padrão normativo ou racional de decisão. São distorções cognitivas. A ancoragem, a confirmação, o retrospecto e o egocentrismo são exemplos de vieses.
A ancoragem é perceptível nas situações em que as pessoas confiam demais em informações preexistentes ou na primeira informação (a âncora) que encontram ao tomar decisões e fazer julgamentos.
É possível também observar essas situações no âmbito jurídico, em fóruns e tribunais. Por exemplo: