Semântica: Ambiguidade , Conotação e Denotação

Ambiguidade

A ambiguidade diz respeito ao duplo sentido que pode existir em uma palavra, em uma frase, ou mesmo em um texto inteiro, a depender do ponto de vista sobre ele. Diferente da polissemia, há dois possíveis sentidos em uma mesma frase, em um mesmo contexto. Na polissemia, contextos diferentes é que provocam sentidos diferentes.

Conforme esclarece Fernando Pestana, a duplicidade de sentidos pode decorrer de diversos fatores, dentre os quais o autor trabalha: a distinção entre agente e paciente, o mau uso de pronomes e pronomes relativos, a má colocação de palavras, a própria polissemia, dentre outros.

  • O jardineiro falou com a rosa resplandecendo na grama. (Quem estava resplandecendo na grama, o jardineiro ou a rosa?)
  • O marceneiro sorriu e arrumou sua cômoda. (A cômoda de quem, dele próprio ou de outra pessoa?)
  • Maria encontrou Isabel saindo do apartamento. (Qual das duas estava saindo do apartamento?)
  • Saíram para passear Mariana, Roberto e sua sogra. (A sogra de quem, de Mariana ou de Roberto?)

Conotação e Denotação

Também essencial para o estudo da semântica é a compreensão dos conceitos de denotação e conotação. A denotação diz respeito à utilização das palavras em seu sentido literal, ou seja, aquele que encontra no dicionário. (Denotação - Dicionário). Já a conotação é a utilização das palavras em sentido diverso desse primário; uma palavra apresenta sentido conotativo quando está sendo utilizada de forma simbólica, figurada. Exemplos:

  • “Mãos”
    • Elias tem mãos grandes. (A palavra “mãos” foi utilizada em seu sentido denotativo, ou literal, para se referir ao membro do corpo humano.)
    • Lavei as mãos para esse problema. (Nesse exemplo, a palavra “mãos” é utilizada em seu sentido conotativo, simbólico, na expressão “lavar as mãos”).
  • “Pena”
    • Comprei um brinco de pena de pavão. (Sentido denotativo)
    • Vale a pena esperar. (Sentido conotativo).
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