Noções Gerais

Juiz Substituto (CESPE) - 2019
Questão 1.
Constitui uma das características do direito penal do inimigo
A
a legislação diferenciada.
B
a punição a partir de atos executórios.
C
a não utilização de medidas de segurança.
D
a observância das garantias processuais penais.
E
o abrandamento das penas na antecipação da tutela penal.
Questão 2.
Assinale a alternativa incorreta: 
A
Não existe um documento legal que incorpora o direito penal do inimigo, uma espécie de “Código do direito penal do inimigo”
B
Parte central do conceito é que alguns indivíduos não podem conviver em sociedade
C
O Direito penal do inimigo em geral se manifesta na sua forma pura
D
O principal “inimigo” a que se refere o conceito de direito penal do inimigo são os terroristas
Questão 3.
Não é um pressuposto teórico do direito penal do inimigo
A
Alguns indivíduos são um perigo existencial para a vida em sociedade e para a vida de outros indivíduos nesta sociedade
B
A principal função do direito penal é proteger o próprio sistema jurídico (em geral, e o sistema penal em particular)
C
Quaisquer indivíduos que cometem crimes de qualquer tipo podem e devem ser ressocializados
D
Há uma diferença qualitativa entre alguns atos criminosos e outros; nem todos caracterizam um inimigo
E
Há um pacto social que deve ser preservado
Promotor de Justiça Substituto (MPE-SP) - 2013
Questão 4.
É exemplo típico do chamado Direito Penal do Inimigo:
A
a caça, o sequestro e a condução do oficial nazista (Executor Chefe do III Reich) Adolf Eichmann para Israel em 1960, onde ele foi preso, julgado, condenado e executado por haver contribuído para a “solução final”, que vitimou mais de cinco milhões de judeus, durante a II Guerra Mundial.
B
a prisão e o julgamento (ainda não encerrado) por Tribunal instalado no Camboja, do dirigente do Khmer Vermelho Khieu Samphan (expresidente do conselho de estado do Kampuchea Democrático) – que é filho de um juiz e que estudou economia e ciências políticas em Paris –, pela prática de crimes de guerra e contra a humanidade, assassinato, tortura e perseguição por razões religiosas e de raça contra a minoria muçulmana cham, a população vietnamita e o monacato, cujo resultado foi a morte de cerca de um quarto da população daquele país (mais de um milhão e meio de pessoas), entre os anos de 1975 e 1979.
C
a perseguição, prisão e submissão a julgamento (está em curso) do psiquiatra e poeta Radovan Karadzic, de origem sérvia e cristã, que presidiu a Bósnia-Herzegovina durante a Guerra dos Bálcãs, em 1992, acusado perante o Tribunal Internacional da ONU para a ex-Iugoslávia, instalado em Haia, de ter contribuído para o genocídio, a “limpeza étnica” e a prática de crimes contra a humanidade que resultaram na morte de dezenas de milhares mulçumanos bósnios e croatas.
D
a prisão, o julgamento e a condenação à prisão perpétua (pena máxima permitida), por genocídio e crimes contra a humanidade, em dezembro de 2008, pelo Tribunal Penal Internacional para Ruanda, instalado na Tanzânia, dos três principais dirigentes – Theoneste Bagosora, Aloys Ntabakuze e Anatole Nsengiyumva – do governo daquele país à época, pertencentes à etnia Hutu, que instigaram, colaboraram, permitiram e foram responsabilizados pelo massacre de cerca de oitocentas mil pessoas da etnia Tutsi, ocorrido em 1994.
E
a procura, localização e a posterior execução (por tropa militar norteamericana - SEALs) do árabe saudita e muçulmano Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda (A Base), ocorrida no Paquistão, em maio de 2011, por ter sido a ele atribuída a prática de crimes contra a humanidade, assassinatos em massa e terrorismo (inclusive o planejamento do ataque aéreo às chamadas “Torres Gêmeas” em Nova Iorque, EUA, em que mais de três mil pessoas morreram).
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